Em maio, o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), solicitando reforço na equipe médica do Hospital Distrital Gonzaga Mota José Walter. Na última quinta-feira (22), a entidade recebeu a resposta de que o redimensionamento das escalas médicas na especialidade de clínica geral foi realizado.
Segundo a SMS, o redimensionamento atende a nova estruturação do perfil de atendimento dos hospitais da linha de cuidado Materno-Infantil. Com isso, os leitos clínicos anteriormente reservados para os atendimentos de porta aberta, para urgência e emergência, foram transformados em leitos de retaguarda para o recebimento de pacientes regulados pela Central de Regulação do Município (CECIR).
A Secretaria de Saúde informou, ainda, que os pacientes clínicos internados nos leitos de retaguarda do hospital são atendidos e acompanhados pelos profissionais lotados nas escalas de plantão diurno, enquanto os médicos do plantão noturno ficam responsáveis pelas eventuais intercorrências, bem como para os encaminhamentos relativos aos trâmites de admissão referenciados de outros equipamentos de saúde ou transferências de pacientes regulados pela CECIR quando necessário.
Ainda no ofício, o diretor clínico do hospital, Dr. Carlo Jaime, ressaltou que o hospital não possui emergência de clínica médica, e que em cada unidade assistencial conta com um médico. Também enfatizou que, recentemente, houve uma visita do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC) ao Gonzaguinha do José Walter, na qual as conselheiras concordaram que o quantitativo de médicos por plantão estava dentro dos padrões aceitáveis.
Leitos
Sobre a quantidade de pacientes para cada médico, onde o Sindicato questionou que no período noturno havia apenas dois profissionais para atender 63 leitos, o diretor disse que não encontrou normativas que deixem claro a quantidade de pacientes a serem atendidos por médicos em um turno de 12 horas noturnas.
O diretor do Gonzaguinha reforçou que o hospital conta com 136 leitos ativos, sendo a taxa de ocupação em média entre 80% a 85%. Por fim, solicitou uma reunião com a Coordenadoria de Redes Pré-hospitalar e Hospitalar (COREPH) para discutir novamente o dimensionamento médico do hospital.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que seguirá vigilante à situação, tomando as medidas cabíveis quando necessárias.
Foto: Reprodução/Prefeitura de Fortaleza
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
