Sindicato dos Médicos encaminha ofício à SESA solicitando esclarecimentos sobre licitação para prestação de serviços do SAMU Ceará
Entidade teme a possibilidade de demissão em massa de mais de 200 médicos cearenses

Na última quinta-feira (15), o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício à secretária da Saúde do Ceará, Dra. Tânia Mara, solicitando esclarecimentos após uma empresa de Minas Gerais vencer licitação de cotação eletrônica para contratação de médicos no âmbito do SAMU Ceará. A entidade teme a possibilidade iminente de demissão em massa de mais de 200 médicos cearenses que laboram atualmente no serviço de urgência e emergência móvel.

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De acordo com o Sindicato dos Médicos, caso a conjuntura de demissões se concretize, causará impacto não apenas entre os profissionais, mas no sistema de saúde como um todo. Entre os efeitos, prejuízo à qualidade assistencial, descontinuidade no atendimento e desvalorização da mão de obra local.

“É imprescindível que o poder público, especialmente na área da saúde, avalie não apenas a legalidade, mas também os impactos sociais e as consequências práticas de suas decisões. É nesse contexto que ressaltamos as preocupações previamente apresentadas, tendo em vista os desdobramentos que a demissão em massa de médicos cearenses pode ocasionar”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.

Funsaúde

Ainda no ofício, o Sindicato dos Médicos ressalta que a extinta Fundação Regional de Saúde (Funsaúde) tinha assumido, no dia 06 de abril de 2022, a administração do SAMU Ceará. Desta forma, as contratações de médicos para atender a demanda deveriam ocorrer via chamamento dos profissionais aprovados no concurso público da Funsaúde.

A entidade ressalta, ainda, que a substituição de médicos cearenses por uma empresa de fora pode ser interpretada como falta de reconhecimento e valorização dos esforços e qualificações dos médicos locais. Além disso, pode gerar um sentimento de desmotivação e desalento entre os médicos remanescentes, bem como desencorajar os jovens profissionais a permanecerem no Estado, resultando em uma fuga de talentos e escassez de médicos qualificados no futuro.

Além de reiterar pedido à Secretaria da Saúde do Ceará (SESA) que adote todas as medidas cabíveis para preservar a qualidade do atendimento médico,  o Sindicato dos Médicos do Ceará se coloca à disposição para colaborar na busca de soluções que garantam a continuidade dos serviços do SAMU Ceará prestados por médicos cearenses.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

 

 

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