Durante visita ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) AD Airton Monte, no bairro Cristo Redentor, em Fortaleza, na última terça-feira (30), o diretor do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dr. Maximiano Ventura, constatou diversas situações precárias. Entre elas, sobrecarga dos profissionais, ausência de medicamentos e demora para consultas de retorno.
Os profissionais informaram que estão com equipe reduzida e que as atuais condições estão prejudicando o trabalho e o tratamento dos pacientes. Segundo os médicos, há pacientes com retorno marcado apenas para quatro meses depois e outros que estão sem receber medicamentos de alto custo devido à indisponibilidade na unidade.
Além disso, Dr. Maximiano Ventura foi informado que dos 10 leitos disponíveis no CAPS AD, nove estão desativados por falta de alimentação para os pacientes internados. Os profissionais afirmaram que estavam comprando as refeições por conta própria.
Na última quinta-feira (1º), o Sindicato dos Médicos encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), solicitando que as medidas cabíveis sejam tomadas. A entidade também relatou que, desde o dia 25 de maio, a equipe médica está sem acesso ao sistema de registro dos prontuários dos pacientes, impossibilitando acompanhar eventuais evoluções do quadro da doença.
“Podemos verificar uma situação caótica no que diz respeito à saúde mental no município de Fortaleza. Precisamos garantir que estas condições sejam regularizadas o quanto antes, para não agravar ainda mais o trabalho dos profissionais, nem prejudicar o tratamento dos pacientes assistidos por este CAPS”, afirma Dr. Maximiano Ventura.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e ressalta que tomará todas as providências cabíveis até que as condições de trabalho dignas sejam garantidas aos profissionais.
Foto: JL Rosa/Diário do Nordeste
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará