O Sindicato dos Médicos do Ceará recebeu denúncias de falta de medicação no Hospital da Criança de Fortaleza Dra. Lúcia de Fátima, no bairro Jóquei Clube, gerido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). No dia 26 de abril, a entidade acionou a associação, a direção do hospital e a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS).
Segundo a denúncia, no plantão noturno do dia 24 de abril faltou espaçador para fazer puffs de salbutamol em pacientes infantis, uma terapia inalatória que consiste em um jato de medicamento para auxiliar na respiração. No caso de utilização dessa forma da medicação em crianças, faz-se necessário utilizar um espaçador e, dependendo da idade, recomenda-se o uso de máscara.
Ainda de acordo com o relato dos médicos, como não tinha disponível a alternativa em gotas para fazer aerossol (nebulização) e havia alguns pacientes com sintoma de cansaço, a equipe comprou por conta própria a medicação em gotas.
Nos ofícios o Sindicato ressalta que, na tarde do mesmo dia, foi realizada uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec), na qual o órgão foi informado que as medicações não estavam em falta e nada foi feito acerca da questão.
“Esta situação, além de configurar uma desastrosa violação ao direito constitucional à saúde, traz graves prejuízos aos profissionais e aos pacientes, impedindo o exercício pleno da medicina e inviabilizando o adequado atendimento médico-hospitalar”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e ressalta que seguirá acompanhando até que a situação seja totalmente regularizada.
Foto: Reprodução/SPDM
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará