O Sindicato dos Médicos encaminhou ofício, nesta sexta-feira (25), à secretária da saúde de Fortaleza, Riane Barbosa, solicitando esclarecimentos e adoção de providências urgentes acerca dos atrasos salariais dos profissionais e da superlotação no Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira (Frotinha da Parangaba) e Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura (Frotinha do Antônio Bezerra).
Em visita às unidades de saúde, a entidade constatou a internação de pacientes nos corredores, demonstrando a superlotação e o colapso parcial da estrutura hospitalar. Foi confirmada também a persistência da inadimplência salarial, com maior impacto sobre os médicos clínicos, situação que tem se repetido há meses sem solução definitiva.
Além das dificuldades financeiras, os profissionais relataram sobrecarga de trabalho, ausência de pausas para alimentação e descanso, episódios de violência física e psicológica praticada por pacientes, assédio moral no ambiente de trabalho e estigmatização social decorrente da inadimplência involuntária.
A entidade ressalta que a recorrência das denúncias envolvendo a COAPH (Cooperativa de Atendimento Pré & Hospitalar), reforça a necessidade de intervenção enérgica, definitiva e pública por parte da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza.
“O quadro é de profunda violação à dignidade dos médicos, comprometendo diretamente a qualidade da assistência prestada à população e colocando em risco a própria continuidade de um serviço público essencial”, afirma Dr. Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos.
Diante do cenário, a entidade reitera a necessidade urgente de providências e solicita esclarecimentos formais quanto à origem, extensão e atual situação da inadimplência salarial; informações detalhadas sobre ações já adotadas ou em planejamento para a regularização dos pagamentos aos médicos vinculados à COAPH; adoção imediata de medidas concretas que assegurem o pagamento dos valores devidos e a garantia de condições mínimas de trabalho e segurança aos profissionais da unidade; que seja estabelecido canal direto de interlocução com esta entidade sindical, para acompanhamento sistemático e transparente das providências que vierem a ser implementadas.
O Sindicato reafirma seu compromisso com a categoria e reforça que o agravamento da situação não será tolerado passivamente. A entidade continuará adotando todas as medidas administrativas, jurídicas e institucionais cabíveis em defesa da categoria.
Foto: Prefeitura de Fortaleza/Reprodução
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará