Além dos pagamentos dos meses de outubro e novembro de 2024 permanecerem pendentes, os médicos que atuam no SAMU Fortaleza, por meio da Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (Coaph), acionaram o Sindicato dos Médicos do Ceará com a denúncia de atraso referente ao mês de fevereiro. Segundo os relatos, a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) não teria solicitado as notas fiscais.
As denúncias também apontam que o problema está ocorrendo apenas com os profissionais do SAMU Fortaleza, pois os demais contratos de serviços médicos municipais já foram devidamente quitados, e a emissão das notas fiscais relativas aos serviços prestados em março de 2025 já se encontra em andamento.
Na última segunda-feira (28), o Sindicato dos Médicos oficiou a Coaph e a SMS em busca de esclarecimentos sobre as pendências financeiras e uma justificativa para a diferença de tratamento entre os serviços médicos.
No ofício, a entidade também destaca que a continuidade do SAMU, enquanto serviço público de saúde emergencial, exige a manutenção regular dos pagamentos a seus profissionais. Além disso, a demora na quitação dos valores devidos vem provocando graves impactos operacionais, com médicos abandonando escalas de plantão em decorrência da inadimplência.
“Também recebemos relatos de que, no dia 25 de abril, duas unidades móveis de UTI do SAMU ficaram sem médico acompanhante, comprometendo diretamente a assistência de emergência à população e colocando em risco a vida dos pacientes. Essa situação é inadmissível e evidencia as consequências danosas da inadimplência salarial”, afirma Dr. Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e aguarda explicações formais acerca do atraso, bem como informações sobre as providências que serão adotadas para regularizar todos os débitos pendentes.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
