Sindicato dos Médicos recebe denúncias de sobrecarga dos traumatologistas do Frotinha de Messejana e aciona SMS
Relatos também apontam que a alta demanda pode estar relacionada à insuficiência estrutural das unidades do Antônio Bezerra e da Parangaba

O Sindicato dos Médicos do Ceará recebeu denúncias sobre a grave sobrecarga enfrentada pelos médicos traumatologistas do Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o Frotinha de Messejana. Conforme os relatos, o hospital possui a mesma estrutura há mais de três décadas, enquanto a população da cidade e a demanda por atendimentos aumentaram consideravelmente.

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Na última quarta-feira (19), um ofício foi enviado à secretária de Saúde de Fortaleza, Dra. Socorro Martins, relatando os problemas enfrentados pela categoria e solicitando uma investigação sobre os impactos da sobrecarga na qualidade do atendimento.

As denúncias recebidas pela entidade também apontam que a alta demanda do Frotinha de Messejana pode estar relacionada à insuficiência estrutural e de pessoal das unidades do Antônio Bezerra e da Parangaba, evidenciando a defasagem do planejamento de saúde pública frente ao crescimento da cidade.

No ofício, o Sindicato dos Médicos solicita a adoção de medidas urgentes para descentralizar o atendimento de trauma, reduzindo a demanda concentrada no Frotinha de Messejana; avaliação da possibilidade de ampliar o quadro de profissionais em dias de maior volume de atendimentos, conforme análise de fluxo histórico de pacientes; e criação de serviços diurnos de atendimento em traumatologia nas UPAs, permitindo que casos de menor complexidade sejam resolvidos de maneira ágil e sem sobrecarregar os hospitais distritais.

Além disso, a entidade pede um estudo que avalie a possibilidade de transformar os Frotinhas em unidades exclusivamente de atendimento secundário, priorizando pacientes regulados para cirurgias, enquanto as UPAs assumiriam a triagem e estabilização prévia, como também requer a implementação de um sistema de raio-X digital no Frotinha de Messejana, garantindo maior eficiência nos diagnósticos e na fluidez dos atendimentos.

Reclamações

As denúncias também apontam que médicos recém-ingressos pela Fagifor têm se deparado com um sistema que permanece obsoleto e sem as reformulações necessárias, que inclui a ausência de um sistema de raio-X digital, fator que compromete significativamente a celeridade dos atendimentos, aumentando a permanência dos pacientes na emergência e agravando a sobrecarga sobre os traumatologistas.

Os profissionais relataram, ainda, sobrecarga no atendimento de ortopedia geral na emergência, demandado por casos que poderiam ser resolvidos em unidades de menor complexidade.

“A situação mostra que os médicos têm atuado sob condições exaustivas, no Frotinha de Messejana, resultando, inclusive, em pedidos de demissão e exoneração de médicos que ingressaram recentemente e desistiram diante das adversidades enfrentadas”, explica Dr. Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e aguarda que as providências sejam adotadas de forma célere, garantindo melhores condições de trabalho aos profissionais.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

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