Sindicato dos Médicos aciona ISGH e SESA após recebimento de denúncia de pacientes sendo internados na porta na UPA Canindezinho
A entidade recebeu informações de que estaria havendo improvisação de leitos, com paciente sendo acomodado em cadeiras acolchoadas

O Sindicato dos Médicos do Ceará foi acionado com a denúncia de que pacientes estariam sendo internados na porta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Canindezinho, em Fortaleza. Na última segunda-feira (05), a entidade acionou a Secretaria da Saúde do Ceará (SESA) e o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) relatando as condições e cobrando providências.

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Conforme a denúncia, há uma média de quatro a nove pacientes sendo internados na porta da UPA. Também há relatos de que houve situações em que médicos chegaram a atender até 11 pacientes internados na porta. Os pacientes com necessidades críticas, como aqueles que necessitam de diálise, estariam sendo colocados em macas do morgue, para possibilitar a diálise e a colocação de cateteres.

A entidade também recebeu informações de que estaria havendo improvisação de leitos, com paciente com marca-passos sendo acomodado em cadeiras acolchoadas, alinhadas para simular uma maca. Na ausência de poltronas disponíveis, cadeiras comuns estariam sendo utilizadas unidas para proporcionar um mínimo de conforto.

Condições graves

Ainda de acordo com a denúncia, os pacientes internados na porta apresentam uma variedade de condições clínicas graves, incluindo pneumonia, infecções no trato urinário com evolução para injúria renal aguda (IRA), celulite com erisipela, além de idosos com diversas comorbidades.

“A falta de leitos internos nos Eixos da UPA resulta em qualquer tipo de paciente sendo acomodado na porta, independentemente da gravidade ou necessidade específica de tratamento. Devido à essas situações, os médicos estão sendo submetidos a um intenso estresse psicológico, enfrentado dificuldades em oferecer um tratamento digno e necessário, sendo ameaçados constantemente por pacientes e seus familiares”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Max Ventura.

A entidade reitera a necessidade urgente de intervenção por parte das autoridades competentes para modificar essa realidade, que vem comprometendo a qualidade do atendimento e a segurança dos profissionais de saúde e dos pacientes.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e solicita que medidas efetivas sejam implementadas para garantir um ambiente de trabalho adequado para os médicos e um atendimento digno e seguro para os pacientes da UPA Canindezinho.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará  

 

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