O Sindicato dos Médicos do Ceará recebeu denúncias de condições de trabalho inapropriadas enfrentadas pelos médicos que atuam nos terceiros turnos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Maracanaú. Além de uma carga horária exaustiva, os profissionais são obrigados a atender mais de 50 pacientes por dia.
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Na última quarta-feira (29), a entidade encaminhou ofício ao secretário de Saúde do município, Wagner Sousa, cobrando esclarecimentos sobre a situação, bem como requerendo a adoção de providências urgentes.
Ainda segundo a denúncia, há dias em que os médicos encerram o expediente após às 20 horas por conta da alta demanda. “É absolutamente inadmissível que os médicos sejam submetidos a uma carga horária tão excessiva, sem qualquer compensação pelo excedente de tempo trabalhado. Além disso, destacamos que os profissionais têm buscado soluções para essa questão, tendo solicitado ajuda aos supervisores a fim de implementar medidas como a inclusão de um médico de apoio ou estabelecimento de um limite de pacientes a serem atendidos, porém, até o momento, nada foi feito para resolver esse problema”, ressalta Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
Consequências
Ao secretário de Saúde, o Sindicato dos Médicos destacou que as consequências dessa situação não afetam apenas os médicos, mas também os pacientes e a qualidade do atendimento prestado.
A sobrecarga pode causar fadiga física e mental aos médicos, o que pode levar a erros, diminuição da qualidade do diagnóstico e do tratamento oferecido, e até mesmo o comprometimento à segurança dos pacientes.
Como medidas para melhorar a organização do atendimento, a entidade também sugeriu a inclusão de médicos de apoio ou o estabelecimento de um limite de pacientes por turno.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e assegura que acompanhará a situação até que as providências sejam tomadas, de modo a assegurar um atendimento de qualidade e seguro para toda a população de Maracanaú.
Foto: Prefeitura de Maracanaú
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará