Sindicato dos Médicos questiona ISGH sobre a movimentação da escala na UPA Canindezinho e solicita esclarecimentos
Durante o Carnaval, a desorganização das escalas comprometeu a capacidade de resposta e do atendimento prestado à população

Após observar a recorrência de desfalques na escala de plantão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Canindezinho, o Sindicato dos Médicos do Ceará acionou o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), por meio de ofício, na última quinta-feira (15), solicitando esclarecimentos acerca da movimentação.

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Conforme verificado, está havendo realocação de profissionais já escalados para dias futuros, a fim de suprir as ausências imediatas, em detrimento da manutenção de uma escala organizada e previsível. O procedimento, no entanto, apesar de resolver pontualmente a carência de profissionais, pode ser prejudicial a longo prazo, comprometendo a estabilidade e a eficiência da organização das escalas futuras.

Durante o Carnaval, época em que há maior demanda nos serviços de urgência e emergência, a desorganização das escalas comprometeu a capacidade de resposta da UPA do Canindezinho, colocando em risco a qualidade e a efetividade do atendimento prestado à população.

“Nesse sentido, a gestão eficiente das escalas de trabalho figura como elemento importante para o funcionamento harmonioso e eficaz dos serviços de saúde, sendo imprescindível a sua análise cuidadosa e a sua otimização constante”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.

Questionamentos

Ainda no ofício, o Sindicato dos Médicos solicitou esclarecimentos sobre os seguintes questionamentos: por que recorrer à movimentação da escala, em vez de proceder à substituição direta do plantonista ausente? Quais são os critérios adotados pelo ISGH na contratação do médico incumbido de ocupar os desfalques na escala? Por que tem se tornado uma ocorrência frequente o desfalque na escala de plantão, comprometendo a assistência à população e sobrecarregando os médicos em atividade? Por que se prioriza a contratação de cooperativas em detrimento dos médicos celetistas na substituição de plantonistas ausentes? Por que os médicos cooperados, quando convocados para ocupar as escalas desfalcadas, recebem adicional, enquanto os médicos celetistas não recebem tal benefício?

“Esclarecimentos sobre essa disparidade de tratamento são importantes para promover a equidade e a valorização dos profissionais contratados pelo ISGH. É essencial identificar as causas subjacentes a esse problema recorrente, a fim de implementar medidas preventivas e corretivas eficazes”, completa Dr. Leonardo Alcântara.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que está à disposição para colaborar na melhoria contínua dos serviços de saúde e na valorização dos profissionais.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

 

 

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