O Sindicato dos Médicos do Ceará tomou conhecimento de que o Hospital Maternidade Jesus Maria José, no município de Quixadá, instalou câmeras que gravam áudio e vídeo nas unidades de internação. A prática é contrária a orientação estabelecida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC), na Recomendação n° 02/2023, a qual destaca a importância da preservação da privacidade e confidencialidade no ambiente hospitalar, especialmente em setores sensíveis como a UTI.
Em caráter de urgência, a entidade oficiou, nesta quarta-feira (10), a secretária de Saúde do município, Lady Diana Arruda, e o diretor-geral do hospital, Kaléu Mormino, ressaltando que a utilização de câmeras com capacidade de gravação de áudio e vídeo, sem a devida autorização e em desacordo com as diretrizes do CREMEC, configura uma conduta contra a ética médica e potencialmente ilegal.
Além disso, a entidade solicitou a retirada imediata das câmeras de videomonitoramento e gravação.
“Essa ação traz preocupações legítimas para os profissionais de saúde e pacientes envolvidos, pois trata-se de violação à intimidade do paciente, protegida pela Constituição Federal de 1988, além de ferir o sigilo médico”, ressalta Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
Ausência de água
O Sindicato dos Médicos também relatou preocupação em relação a não disponibilidade de água potável para os funcionários que atuam na unidade hospitalar, reforçando a importância em garantir condições adequadas de trabalho, incluindo o acesso a recursos básicos como água própria para consumo humano.
Prezando pela integridade dos pacientes e profissionais, a direção do Sindicato dos Médicos visitará a unidade para averiguar a situação pessoalmente. No ofício, a entidade também solicitou o agendamento de uma reunião com a administração do hospital para tratar do assunto.
Foto: Jair Sousa/Google
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará