Em agosto, o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício ao secretário de Saúde de Fortaleza, Dr. Galeno Taumaturgo, solicitando reforço na segurança da Unidade de Atenção Primária à Saúde (UPAS) João Elísio Holanda, no bairro Mondubim, após recebimento de diversos relatos de casos envolvendo agressões físicas e ameaças de morte.
Na última quinta-feira (28), a SMS respondeu o ofício por meio do Instituto Cisne e Pesquisa (ICEPES), responsável pelo gerenciamento das UAPS de Fortaleza. Segundo o Instituto, apesar de reconhecer que a unidade encontra-se inserida em uma região que enfrenta desafios relacionados à violência e à falta de segurança pública, no entanto, o contrato firmado com a SMS não permite a contratação de profissionais para as UAPS geridas pelo Instituto, que não estejam previstos no referido contrato, de forma que, seguindo as orientações e diretrizes firmadas com a SMS, a sugestão é inviável de ser concebida.
O ICEPES também ressaltou que, assim como outras entidades e órgãos do município de Fortaleza, utiliza o Programa Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais (AMS), desenvolvido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o qual busca mitigar as consequências da violência armada para os profissionais e para a população atendida.
Além disso, o Instituto Cisne reforçou que trabalha no fortalecimento das capacidades das instituições públicas em contextos relacionados à violência armada, gestão de riscos, gestão de crise e gestão de estresse. Como também frisou que tais ações visam promover mudanças no comportamento dos profissionais e gestores, para fortalecer sua resiliência frente aos riscos e impactos da violência armada.
O ICEPES também ressaltou que tem conhecimento de todos os casos de violência ocorridos na unidade, mas sugeriu que a questão seja encaminhada às autoridades públicas responsáveis.
O Sindicato dos Médicos do Ceará lamenta o posicionamento da Prefeitura de Fortaleza em se eximir da obrigação de garantir segurança aos profissionais da saúde e afirma que vai continuar cobrando medidas efetivas para a situação.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará