Na última sexta-feira (04), o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício ao secretário de Saúde de Fortaleza, Dr. Galeno Taumaturgo, solicitando reforço na segurança do Posto de Saúde João Elísio Holanda, no bairro Mondubim, após recebimento de relatos de reiterados casos de agressões físicas e ameaças de morte. No ofício, a entidade pede urgência na adoção de medidas.
O Sindicato dos Médicos tomou conhecimento de que, nos últimos meses, os profissionais estão vivendo momentos de terror, com casos de ameaças e agressões por pacientes e acompanhantes cada vez mais frequentes. A informação é de que a unidade não possui segurança, tendo apenas um monitor para controlar o acesso dos pacientes.
“É necessário um reforço fixo na segurança desse posto. Infelizmente, esse pleito já foi feito por diversas vezes à Prefeitura de Fortaleza, por situações ocorridas em outras unidades de saúde, contudo, até o momento, nenhuma medida realmente efetiva foi tomada. Esperamos que não seja necessário acontecer algo de maior gravidade, para que sejam adotadas as medidas necessárias”, alerta Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
A entidade esclarece que, conforme previsto no Código de Ética Médica, é direito do médico, recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas, ou possam prejudicar a própria saúde, ou a do paciente. Assim como, poderá suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional.
Violência é maior nos postos de saúde
Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará aponta que 88,5% dos médicos cearenses já sofreram ou presenciaram algum tipo de violência em seu local de trabalho.
A pesquisa ocorreu de forma virtual, por meio de formulário de perguntas objetivas, disponível nas redes sociais da entidade e compartilhada entre os profissionais via aplicativo de mensagens, entre os meses de setembro e dezembro de 2022. No total, 96 médicos cearenses responderam o questionário.
Conforme os entrevistados, 30,6% dos casos ocorreram nos postos de saúde, em seguida aparecem as UPAS (20%), hospitais secundários (17,6%) e hospitais terciários (16,5%).
Acesse a pesquisa completa aqui.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que continuará tomando todas as providências cabíveis até que as autoridades competentes garantam segurança nas unidades de saúde.
Foto: Google Street View
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará