Greve na saúde: médicos, enfermeiros e dentistas anunciam início da greve nos postos de saúde de Fortaleza imediatamente após publicação de portaria obrigando retorno da jornada de 40h
A interrupção dos serviços acontecerá 72 horas após envio de comunicação pelos sindicatos representantes

Médicos, dentistas e enfermeiros servidores municipais da Atenção Primária de Fortaleza acabam de deflagrar, por unanimidade, greve nos postos de saúde a partir do momento em que a Prefeitura de Fortaleza publicar portaria obrigando o retorno das 40 horas e 20 horas assistenciais no Diário Oficial do Município, previsto para segunda-feira (03). A interrupção dos serviços acontecerá 72 horas após envio de comunicação pelos sindicatos representantes.

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A deliberação ocorreu durante assembleia unificada, na noite da última quarta-feira (29), na Associação Brasileira de Odontologia (ABO), realizada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, Sindicato dos Odontologistas do Estado do Ceará (Sindiodonto) e Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Ceará (Senece).

Antes da votação, os representantes dos sindicatos repassaram os informes acerca da audiência no Ministério Público, na qual não houve sucesso na negociação pela manutenção da jornada de trabalho atual.

Os servidores também decidiram que, enquanto aguardam o tempo previsto em lei para início da paralisação, manterão as 32 horas assistenciais atuais. Após votação, foram definidos os representantes das categorias para cada Regional enquanto durar a greve.

“A interrupção das atividades se dá diante da negativa por parte da Prefeitura de Fortaleza em negociar a regulamentação da jornada de trabalho dos servidores municipais de nível superior, como também devido a precariedade em que encontram-se os postos de saúde da cidade, em péssimas condições de trabalho e de atendimento”, afirma Dr. Leonardo Alcântara.

Desde o ano passado, servidores e sindicatos denunciam que as unidades se encontram em cenário de abandono, com paredes mofadas, equipamentos danificados, infiltrações, rachaduras no teto e instalações inadequadas. Além disso, não possuem equipes de segurança reforçadas, sendo expostos a constantes casos de violência, somado, ainda, a ausência de insumos e medicamentos básicos.

O calendário de mobilizações será divulgado em breve.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

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