Na última quarta-feira (21), o Sindicato dos Médicos do Ceará denunciou à Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) a precarização do atendimento médico no Hospital Infantil de Fortaleza Dra. Lúcia de Fátima, no bairro Jóquei Clube. Entre as denúncias, valor por plantão incompatível com a carga horária e contratação de médicos recém-formados sem residência em pediatria.
Conforme informações recebidas pela entidade, a Cooperativa dos Pediatras do Ceará LTDA (Cooped) teria oferecido um valor por plantão incompatível com a carga horária exigida, não gerando, portanto, aderência de médicos especialistas. Com isso, os plantões foram disponibilizados à Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH), possibilitando a prestação do serviço por médicos sem a especialização em pediatria.
O Sindicato dos Médicos alerta que a situação pode se agravar ainda mais, caso não haja o restabelecimento de médicos pediatras nos plantões, pois o período atual é de elevada demanda de atendimentos por doenças respiratórias, principalmente em crianças, e a ausência de atendimento especializado pode implicar em quadros clínicos mais graves e risco de mortes.
“O grande problema é que no Hospital Infantil busca-se pela especialidade de pediatria, no entanto, normalmente, os médicos contratados pela COAPH para atender aos plantões deste hospital são recém-formados e não possuem residência em pediatria”, ressalta Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e ressalta que tomará todas as medidas cabíveis para garantir o restabelecimento de médicos pediatras no Hospital infantil, bem como o atendimento de qualidade à população.
Foto: Reprodução/Prefeitura de Fortaleza
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará