Após dois casos de violência em menos de três meses, médicos do Posto de Saúde Luís Franklin, em Fortaleza, decidem paralisar atividades parcialmente
Assalto com arma de fogo ocorreu na tarde de terça-feira (21). O Sindicato dos Médicos foi acionado no momento do ocorrido

Após mais um caso de violência em menos de três meses, os médicos que atuam no Posto de Saúde Luís Franklin Pereira, no bairro Coaçu, em Fortaleza, decidiram paralisar as atividades parcialmente. A paralisação terá início após 72 horas da comunicação encaminhada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, nesta quarta-feira (22), à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec).

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O episódio ocorreu na tarde da última terça-feira (21), quando dois indivíduos realizaram um assalto, portando armas de fogo e ameaçando os colaboradores, inclusive apontando a arma para a cabeça de um dos funcionários. Os médicos que atuam no posto de saúde acionaram o Sindicato no momento do ocorrido e o diretor Dr. Edmar Fernandes esteve no local para averiguar a situação.

Na manhã desta quarta-feira (22), por unanimidade, os profissionais deliberaram que, caso não haja reforço na segurança do local, garantindo um policiamento fixo por tempo indeterminado, mesmo que seja por intermédio de segurança privada, haverá paralisação parcial, sendo mantido apenas o atendimento das urgências e emergências, com o percentual legal exigido de médicos em atividade.

O Sindicato dos Médicos ressalta que a paralisação dos profissionais está respaldada pelo Código de Ética Médica, o qual prevê que é direito do médico suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional.

“Toda a população e os profissionais da saúde sofrem com isso e ninguém toma medidas a respeito. Precisamos de segurança urgente nessa unidade de saúde para prestar uma segurança mínima para nossa população e nossos profissionais”, destaca Dr. Edmar Fernandes.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera a solicitação à SMS e ao Cremec que tomem as medidas que entenderem cabíveis para garantir a segurança nas unidades de saúde.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará