Após nove dias, os servidores estaduais de diversas categorias – saúde, educação, segurança pública, transportes e agricultura – encerraram, na tarde desta sexta-feira (14), o acampamento em frente ao Palácio da Abolição, para cobrar pela reposição salarial de 2023. A mobilização chegou ao fim após reunião dos representantes das entidades com o assessor de Relações Institucionais da Casa Civil, Nelson Martins, e a assessora especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais, Zelma Madeira.
Conforme a gerente jurídica do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dra. Thaís Timbó, o secretário informou que o Governo do Estado enviou à Assembleia Legislativa, na última quinta-feira (13), proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê o orçamento de R$ 39 bilhões para o próximo ano. Desse total, R$ 19 bilhões devem ser destinados para gasto com os servidores, e que já está próximo do limite prudencial.
O Sindicato dos Médicos reitera que o Governo do Estado enviou a LOA sem indicar percentual destinado à reposição salarial. “Agora, temos que lutar para que os 25%, do que é possível ser remanejado, atenda ao reajuste dos servidores”, explica Dra. Thaís Timbó.
O texto da proposta da LOA será lido pelos deputados estaduais na próxima terça-feira (18),e a votação deve ocorrer no início de dezembro.
Entenda
Os servidores estavam acampados na frente da sede do governo desde o dia 06 de outubro, na expectativa de que uma comissão fosse recebida pela governadora Izolda Cela para negociar o percentual da reposição salarial de 2023. Os profissionais reivindicam uma reposição salarial que compense a defasagem desde 2015, que já ultrapassa 36%.
A mobilização foi promovida pelo Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec). Além do acampamento, as entidades já haviam realizado dois grandes atos unificados no Palácio da Abolição, nos dias 06 e 11 de outubro.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reitera seu compromisso com a categoria e seguirá tomando todas as medidas cabíveis até que o percentual da reposição seja definido.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará