Nesta segunda-feira (8), o Sindicato dos Médicos do Ceará enviou ofício à Secretaria de Saúde de Fortaleza (SMS), no qual solicita esclarecimentos sobre o término de contrato do curso de especialização em Atenção Primária à Saúde realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Segundo as informações recebidas, a proposta oferecida pela SMS é que os profissionais continuem a trabalhar por meio de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), forma de contratação precária em relação à anterior, não oferecendo benefícios consideráveis para a permanência dos médicos nos cargos.
A decisão da Secretaria trará impacto significativo na atividade de, aproximadamente, 150 profissionais, que deixarão de exercer suas atividades, prejudicando o atendimento à população. Para o presidente do Sindicato, Dr. Edmar Fernandes, a situação imposta aos médicos é desrespeitosa e prejudicial aos pacientes. “Após passarem um ano na linha de frente contra a Covid-19, discutindo casos e temas pertinentes semanalmente, além de apresentarem um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), não há interesse do Município de Fortaleza e da própria Secretaria de Saúde em manter os médicos nos postos de Saúde, prejudicando assim um dos princípios básicos do SUS e da Atenção Primária, que é a longitudinalidade do acompanhamento”, declara.
A entidade aguarda as respostas dos entes solicitados, pois entende que a medida prejudicará os médicos e, consequentemente, a população em geral, que ficará sem a devida cobertura, uma vez que haverá uma considerável deficiência na quantidade de profissionais.
Confira o vídeo abaixo:
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará