Na última sexta-feira (25), o Sindicato dos Médicos oficiou a secretária da saúde de Fortaleza, Riane Barbosa, solicitando esclarecimentos e medidas urgentes acerca da inadimplência salarial crônica enfrentada pelos médicos que atuam no Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira (Frotinha da Messejana).
De acordo com informações colhidas em visita realizada na unidade, a prática de atraso vem se perpetuando, havendo um intervalo médio de dois meses entre o período trabalhado e o efetivo pagamento dos honorários, o que, na prática, institucionaliza a mora sistemática no repasse dos valores devidos.
Ainda segundo relatos, a liberação dos pagamentos depende de um sistema complexo e ineficiente, dividido em cinco etapas, o que contribui para a falta de transparência e lentidão no processo, comprometendo a previsibilidade e o sustento dos profissionais.
A entidade reforça que, mesmo diante desse cenário de instabilidade e prejuízo financeiro direto, os médicos seguem cumprindo com responsabilidade suas obrigações laborais, realizando atendimentos e procedimentos cirúrgicos conforme cronograma estabelecido pela unidade.
“É inadmissível que, em pleno exercício de uma função essencial à vida, esses profissionais estejam sendo submetidos a uma relação de trabalho insegura, injusta e lesiva à dignidade humana”, afirma Dr. Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos.
Diante do cenário, o Sindicato solicita esclarecimentos formais e documentados sobre a relação contratual e operacional entre a SMS e a COAPH, inclusive no que diz respeito aos fluxos de pagamento; informações claras sobre os valores em atraso, o número de médicos atingidos e a previsão para regularização; a adoção de providências administrativas urgentes que garantam o pagamento imediato dos honorários médicos, sem depender de trâmites burocráticos excessivos; a criação de um canal de diálogo institucional transparente, entre a SMS e a entidade, para acompanhamento contínuo da situação.
O Sindicato dos Médicos reforça seu compromisso com a categoria e se coloca à disposição da SMS para o diálogo e análise de propostas que solucionem de modo definitivo a demanda.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará