Na última quarta-feira (23), o Sindicato dos Médicos do Ceará oficiou a Associação de Proteção e Assistência a Maternidade e Infância e a Secretaria Municipal de Saúde de Caucaia, solicitando esclarecimentos sobre a prestação de serviços de saúde no município após a interrupção de contrato com as atuais cooperativas. A entidade tomou conhecimento de que os serviços, até então prestados pelas cooperativas, Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH), Cooperativa dos Pediatras do Ceará (COOPED), Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (COOPANEST) e Cooperativa dos Ginecologistas e Obstetras do Ceará (COOPEGO), serão interrompidos a partir de 30 de abril no Hospital Municipal Abelardo Gadelha da Rocha e no Hospital e Maternidade Santa Terezinha.
Conforme informado em reunião, ocorrida no último dia 10, o município de Caucaia teria firmado contrato com o Instituto São Vicente, o qual já possui contrato com outra cooperativa prestadora de serviços, a Cooperativa de Trabalho e Assistência Integral à Saúde (COPAIS). A reunião, que contou com representantes da Secretaria de Saúde, do Instituto, assessorias jurídicas e demais empresas envolvidas, teve o objetivo de esclarecer como se dará a continuidade dos serviços a partir de maio.
Também foi informado pelos representantes do referido Instituto que supostamente os médicos cooperados das atuais cooperativas de saúde serão convidados a mudarem de vínculo, ou seja, passarem a ser cooperados da COPAIS. No entanto, a medida pode caracterizar-se como forte indício de que tanto o Instituto São Vicente como a futura cooperativa não detêm, neste momento, o contingente necessário de médicos especialistas para atender à totalidade da demanda do município de Caucaia, o que fere frontalmente os ditames legais licitatórios.
“Além disso, diante do cenário de instabilidade jurídica e operacional, somado à forma como a transição foi conduzida, a probabilidade de uma adesão em massa dos atuais cooperados à futura cooperativa parece remota”, completa Dr. Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos.
No ofício, a entidade questiona quem assumirá imediatamente a escala de plantões e o atendimento das especialidades médicas após o dia 30 de abril, como será sanada a evidente carência de especialistas para suprir toda a demanda assistencial, e quais as efetivas provas documentais que este Instituto possui para atestar a capacidade de manutenção dos serviços médicos.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e solicita uma resposta o mais breve possível para orientar os médicos associados e garantir a continuidade do atendimento à população.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará