Médicos celetistas que atuam no Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, no município de Capistrano, enfrentam atraso no pagamento referente ao mês de dezembro e outras dificuldades, como insegurança, necessidade de contratação de mais médicos e estoque de medicamentos inadequado. Os problemas foram identificados durante visita realizada pelo vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dr. Edmar Fernandes, e pelo delegado sindical Dr. Levi Carioca, na última sexta-feira (10).
Na última segunda-feira (13), a entidade oficiou a secretária de Saúde do município, Elizabeth Rocha, solicitando esclarecimentos e providências para as questões verificadas.
Além do atraso salarial, a entidade verificou a necessidade urgente de melhorias nas condições de segurança do hospital, especialmente durante os plantões noturnos. Segundo os relatos dos profissionais, a situação piora aos finais de semana e em datas festivas, quando o volume de atendimento é maior e os pacientes ficam frequentemente exaltados, exigindo atendimentos rápidos.
Durante a visita, também foi constatado que o hospital contava com apenas um médico de plantão. No ofício, a entidade alerta para a necessidade de contratação de mais um plantonista. “Percebemos que é muito importante que haja o aumento da quantidade de médicos de plantão. No momento, havia apenas um e queremos que tenha pelo menos dois médicos plantonistas devido ao grande fluxo de pacientes no hospital”, afirma Dr. Levi Carioca.
A sobrecarga de atendimentos torna a presença de um médico adicional fundamental para garantir um atendimento de qualidade, especialmente em momentos críticos, e evitar que a pressão sobre os profissionais em exercício comprometa a eficiência dos serviços prestados.
A entidade ressalta que a ampliação da equipe médica permitiria uma distribuição mais equilibrada das demandas, oferecendo maior suporte aos pacientes e melhores condições de trabalho para os profissionais. A medida também contribuiria para a melhoria das condições de atendimento, fundamental para a saúde da população local.
Medicamentos
Os representantes do Sindicato dos Médicos também observaram a necessidade de melhorias no estoque de medicamentos, como drogas vasoativas e medicações para intubação e sedação, essenciais para a manutenção da estabilidade de pacientes em estado grave.
“A escassez desses medicamentos coloca em risco a segurança dos pacientes, especialmente em uma maternidade, onde tanto a vida das mães quanto dos recém-nascidos pode estar em perigo. A ausência desses insumos pode comprometer gravemente a qualidade do atendimento de emergência”, afirma Dr. Edmar Fernandes.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e se coloca à disposição para dialogar e buscar soluções conjuntas que assegurem condições dignas de trabalho e remuneração aos profissionais da saúde.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
