O Sindicato dos Médicos do Ceará recebeu inúmeras denúncias de falta de médicos nas escalas de plantão do SAMU Fortaleza. Além da carência de profissionais, os salários estão em atraso desde outubro de 2024.
Na última segunda-feira (13), a entidade oficiou a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) e a Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH) requerendo esclarecimentos sobre a situação, bem como uma previsão de regularização.
Segundo as denúncias, a quantidade insuficiente de médicos tem gerado sobrecarga de trabalho e comprometido a eficácia do atendimento à população. “A carência de profissionais médicos tem sido uma preocupação constante entre os servidores, que já têm enfrentado jornadas exaustivas, sem a devida reposição de pessoal”, afirma Dr. Luigi Morais, presidente interino do Sindicato dos Médicos.
No ofício, o Sindicato dos Médicos ressalta que, conforme processo administrativo junto ao Ministério Público, a COAPH informou que a transferência de valores aos médicos cooperados seria efetivada após, no máximo, 48 horas do repasse feito pelo município à cooperativa.
Código de Ética Médica
O Sindicato reitera que, segundo o Código de Ética Médica, é direito do médico recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas, ou possam prejudicar a própria saúde, ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais.
Também é direito do profissional suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera a necessidade de providências urgentes para a regularização dos pagamentos e aumento de profissionais.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
