Médicos que atuam na Policlínica de Pacajus, sob gestão do Consórcio Público de Saúde de Cascavel, estão há cerca de 12 anos sem reajuste na remuneração. Na última terça-feira (26), o Sindicato dos Médicos do Ceará enviou ofício à direção do consórcio, ao secretário executivo de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional, Lauro Vieira Perdigão, e à secretária de Saúde do Ceará, Tânia Mara, solicitando justificativas e se colocando à disposição na busca de soluções que promovam um salário justo.
A entidade ressalta que os Consórcios de Saúde no Ceará foram criados nos anos de 2009 e 2010, e embora seja um modelo reconhecido nacionalmente pelo seu sucesso, não contempla a valorização do médico, profissional que está na linha de frente das policlínicas.
Mais de 20 Policlínicas Regionais são geridas pelos consórcios regionais de saúde, nas quais o governo estadual participa ativamente desses consórcios, contribuindo com, no mínimo, 40% do custeio, enquanto os 60% restantes são distribuídos entre os municípios participantes.
No entanto, apesar de, ao longo dos anos, médicos servidores, cooperados, celetistas terem sido contemplados com a devida recomposição e reajuste salarial, os médicos atuantes nas policlínicas que são pertencentes ao Estado do Ceará ainda aguardam uma adequação salarial.
“Essas situações podem impactar negativamente na motivação e na qualidade do serviço prestado pelos médicos, além de gerar descontentamento e desigualdade entre os profissionais que desempenham suas funções em unidades distintas”, esclarece Dr. Luigi Morais, presidente interino do Sindicato dos Médicos.
A entidade ressalta que já havia oficiado a Sesa, em maio de 2022, sobre esse mesmo assunto, e ainda não obteve nenhuma resposta a respeito.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que segue à disposição para intermediar e colaborar na busca de soluções que visem corrigir a remuneração dos profissionais.
Foto: Reprodução/ Street View
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará