Sindicato dos Médicos encaminha ofício ao Cremec, Sesa e ISGH solicitando medidas acerca das más condições de funcionamento da UPA Canindezinho
Entidade solicita equipamentos para avaliação e tratamento de recém-nascidos, aumento do espaço físico e melhorias nos espaços de descanso dos profissionais

Na última terça-feira (18), o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) e ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) solicitando que os órgãos tomem as medidas cabíveis acerca das más condições de funcionamento da UPA Canindezinho, buscando coletivamente uma solução para questão, a fim de melhor o atendimento à população.

Leia mais: Sindicato dos Médicos denuncia desfalque na equipe médica pediátrica e superlotação da UPA Itaperi

De acordo com denúncias dos profissionais que atuam na unidade de saúde, faltam equipamentos adequados para avaliar recém-nascidos, como oxímetros, monitor cardíaco e CPAP (equipamento para ventilação não invasiva). Além disso, os profissionais precisam se desdobrar no atendimento das demandas devido à falta de espaço físico para atendimento dos pacientes. De acordo com os relatos, há 6 crianças internadas na sala de sutura, a qual deveria ser destinada para manobras de fechamento de incisões nos tecidos como pele e músculos, além de diversos pacientes internados em cadeiras.

Ainda conforme denúncias, faltam leitos disponíveis para pacientes de eixo vermelho, sendo frequente a situação onde a equipe de saúde transfere um paciente grave para uma cadeira a fim de possibilitar o atendimento e estabilização de outro paciente ainda mais grave.

“A situação da UPA Canindezinho é bastante preocupante pois, além de configurar uma violação ao direito constitucional à saúde, traz consigo graves prejuízos aos profissionais e aos pacientes, já que inviabiliza o adequado atendimento médico”, destaca Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.

Repouso inadequado

Os profissionais denunciam que os beliches do repouso estão avariados, correndo o risco de queda da cama de cima e que o contêiner adaptado para o descanso está com infiltração, gerando goteiras que por muitas vezes já atingiram os profissionais.

A entidade ressalta ainda que, somente neste ano, já ocorreram 3 surtos de pulgas na UPA e que o estacionamento é insuficiente para os profissionais da referida unidade. Apesar de haver um estacionamento lateral, este está ocupado com materiais para reforma que não tem previsão para ser realizada.

O Sindicato dos Médicos do Ceará solicita que o Cremec, a Sesa e o ISGH busquem as medidas administrativas cabíveis a fim de adequar o funcionamento da UPA Canindezinho, garantindo a segurança e a qualidade na prestação de serviços médicos à população.

Foto: O Povo/Fábio Lima

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

Assine nossa newsletter

Fique atualizado sobre todas as notícias e oportunidades!