Novo episódio do LaudoMed traz o tema “Ortopedia e Traumatologia: a realidade dos atendimentos e fila de espera de cirurgias no Ceará”
Somente no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), são mais de 3.700 pacientes aguardando por uma cirurgia

O novo episódio do LaudoMed já está disponível e traz como tema “Ortopedia e Traumatologia: a realidade dos atendimentos e fila de espera de cirurgias no Ceará”. O diretor financeiro e de patrimônio do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dr. Edmar Fernandes, recebe o médico ortopedista e traumatologista, Dr. Tiago Gomes, para falar sobre o assunto.

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Dr. Tiago Gomes, que também é coordenador da Especialização em Cirurgia do Quadril do Ceará (HGF e IJF) e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), explica sobre a formação, área de atuação e essência da especialidade. “Artroses, osteoporose, doenças que acometem os movimentos, as articulações são abordadas pelo ortopedista, principalmente quando entra na necessidade de tratamento cirúrgico”, destaca.

Neste episódio, Dr. Tiago Gomes também comenta sobre a atual fila de espera de cirurgias de ortopedia no Estado. Segundo ele, esta especialidade é a que possui maior demanda por cirurgia no Ceará, somente no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), são mais de 3.700 pacientes aguardando por uma.

Ainda de acordo com o médico, atualmente, existem três tipos de filas de espera: a fila comum, a de ações judiciais e a de descumprimento judicial. “Hoje, o paciente que consegue fazer essa cirurgia é o paciente judicializado. Tenho paciente com mais de 10 anos de espera por cirurgia de prótese de quadril porque está na fila normal. Não deveria ter essa distinção, porque não tem como definir quem tem mais prioridade. Do ponto de vista prático, todos estão com indicação de cirurgia”, ressalta Dr. Tiago Gomes.

Atendimentos

No podcast, o médico afirma que a demanda por atendimento também está reprimida. “Há uma demanda reprimida enorme de atendimentos para a especialidade. O paciente marca retorno e só tem vaga para dois anos. É uma carência histórica”, disse.

Segundo ele, existe uma carência de atendimento nesta área, não só em Fortaleza, como em todo o Estado, principalmente por, hoje, ter apenas os Frotinhas do Antônio Bezerra e da Parangaba realizando atendimento ortopédico e traumatológico, além do HGF e IJF. Conforme avalia, existe a urgente necessidade de que as UPAs comecem a atender. “A gente sugere que seja feito atendimentos pilotos em UPAs específicas, com orçamento diferenciado. O fato é que precisa começar, não tem mais porque não ter esse atendimento ortopédico e traumatológico nas UPAs do nosso Estado”, finalizou.

Assista o episódio #19 do LaudoMed no canal do Sindicato dos Médicos do Ceará no Youtube ou escute nas plataformas de streaming Spotify e Deezer. Clique aqui.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

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