O Sindicato dos Médicos recebeu, nesta segunda-feira (21), denúncia grave de insegurança no setor de Emergência Cirúrgica do Hospital Antônio Prudente. De acordo com relatos, durante o plantão noturno do último domingo (20), um acompanhante de paciente invadiu armado o consultório médico, indagando de forma agressiva sobre o tempo de espera da cirurgia de uma paciente. A entidade encaminhou ofício à diretoria da unidade de saúde solicitando esclarecimentos e adoção de providências imediatas.
Ainda conforme denúncia, o indivíduo teria apontado a arma para profissionais e demais presentes, configurando uma situação de extremo risco à integridade física e psicológica da equipe de saúde e dos demais pacientes.
Além da gravidade do episódio, foram denunciadas falhas estruturais e operacionais, dentre as quais a ausência de triagem e acolhimento adequado dos pacientes, inclusive sem aferição de sinais vitais ou classificação de risco, equipe médica de trauma insuficiente diante do volume e da complexidade dos atendimentos e a inexistência de segurança patrimonial e institucional para os profissionais, tanto de forma presencial quanto por mecanismos emergenciais, como botão do pânico ou dispositivos equivalentes.
“Essa situação é gravíssima. O Sindicato tem denunciado a violência sofrida por profissionais nas unidades de saúde de todo o Estado, o que tem comprometido a segurança e a dignidade do trabalho médico”, afirma Dr. Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos.
Diante do ocorrido, a entidade solicita a direção do Hospital Antônio Prudente os devidos esclarecimentos e quais medidas foram adotadas para garantir a integridade física e emocional dos profissionais e usuários da unidade, além da regularização dos fluxos de atendimento e triagem, da ampliação da equipe médica, conforme a demanda assistencial, e a implementação de medidas concretas de segurança.
O Sindicato dos Médicos reforça seu compromisso com a categoria e se coloca à disposição para diálogo institucional e o acompanhamento das soluções propostas.
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Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
