O Sindicato dos Médicos oficiou, na última sexta-feira (16), a secretária da saúde do município de Acopiara, Claudenisia Felix, solicitando reunião para tratar sobre reajustes salariais para os médicos servidores aprovados no concurso de 2022.
De acordo com informações recebidas pela entidade, os profissionais aprovados no referido certame ingressaram no serviço público municipal com salário base idêntico ao praticado no concurso de 2005, o que demonstra uma significativa defasagem remuneratória.
O Sindicato ressalta que, desde então, não houve qualquer reajuste linear que contemplasse a evolução inflacionária ou a valorização da categoria médica, o que impacta diretamente na motivação e nas condições de trabalho desses profissionais.
A entidade foi informada ainda que alguns profissionais receberam aumentos pontuais, de forma não generalizada e sem critérios transparentes, o que tem gerado desconforto e sentimento de injustiça entre os demais servidores.
Segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país, acumulou entre 2019 e 2024 o percentual aproximado de 39,9%. Esse percentual representa uma perda real expressiva no poder aquisitivo dos médicos, que seguem desempenhando suas funções essenciais sem qualquer tipo de recomposição salarial.
“Esta é uma situação especialmente grave, pois não apenas desvaloriza a força de trabalho médica, como compromete a atratividade e a permanência de profissionais qualificados no serviço público municipal”, ressalta Dr. Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos.
Diante do cenário, a entidade solicita a adoção de providências para a recomposição remuneratória dos médicos, a fim de corrigir as perdas inflacionárias acumuladas e evitar o agravamento de situações de desmotivação ou evasão de profissionais da rede.
O Sindicato dos Médicos reafirma seu compromisso com a categoria e se a disposição para colaborar com estudos técnicos e diálogos que possam viabilizar a construção de uma solução justa e equilibrada.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará