Médicos que atuam na UPA de Pacatuba por meio da COOPECE estão com salários de novembro e dezembro atrasados
Profissionais também relatam problemas de insegurança no atendimento à população durante o período noturno

O Sindicato dos Médicos do Ceará recebeu denúncias sobre o atraso nos pagamentos dos médicos que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pacatuba, por meio da Cooperativa de Trabalho de Profissionais da Saúde do Estado do Ceará (COOPECE). Conforme os profissionais, os meses de novembro e dezembro não foram quitados.

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De acordo com os médicos, a demora nos pagamentos tem se tornado recorrente, impactando negativamente na motivação em continuar prestando seus serviços à população. Na última segunda-feira (13), o Sindicato dos Médicos oficiou a presidente da COOPECE, Raiane Lima, e o secretário de Saúde de Pacatuba, Lelano Vasconcelos, solicitando esclarecimentos sobre os motivos do atraso e cobrando uma solução imediata para garantir o pagamento dos valores devidos.

Além do problema financeiro, os profissionais também relataram insegurança no atendimento à população durante o período noturno na UPA de Pacatuba. A entidade ressalta que a falta de condições adequadas para garantir a segurança dos médicos e dos pacientes tem se tornado um fator limitante para a realização do trabalho com a eficiência necessária.

“A informação que temos é de que a presença de equipes médicas diminuídas e a inadequação estrutural da unidade durante o turno da noite têm gerado apreensão quanto à qualidade do atendimento e à proteção dos profissionais, sendo necessárias medidas urgentes tanto para o atraso de pagamento como para o fornecimento de segurança na unidade de saúde”, afirma Dr. Luigi Morais, presidente interino do Sindicato dos Médicos.

Código de Ética Médica

O Sindicato reitera que, segundo o Código de Ética Médica, é direito do médico recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas, ou possam prejudicar a própria saúde, ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais.

Também é direito do profissional suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e segue à disposição da gestão municipal para que ambas as situações sejam resolvidas com celeridade.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará 

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