O Sindicato dos Médicos do Ceará oficiou o Conselho Regional de Medicina do Ceará (CREMEC) e a Secretaria de Saúde de Trairi, na última terça-feira (12), solicitando uma fiscalização urgente sobre a grave situação do Hospital Municipal. A unidade encontra-se em condições críticas, funcionando sem equipamentos e recursos essenciais.
Conforme denúncias recebidas pela entidade, o eletrocardiograma (ECG), está quebrado há mais de um mês. Também não há ambulâncias disponíveis e a sala vermelha está desprovida de monitores.
Além disso, foi informado a falta de desfibriladores há mais de um ano, a ausência de Desfibrilador Externo Automático (DEA), como também de esfigmomanômetro e oxímetros.
“Apesar de a direção do hospital e a Secretaria de Saúde já estarem cientes dessa situação há considerável tempo, até o momento, nenhuma ação efetiva foi tomada para sanar essas deficiências”, afirma Dr. Luigi de Morais, presidente interino do Sindicato dos Médicos.
Maternidade e enfermaria
A sala de parto funciona de forma improvisada e em condições insalubres, com presença de mofo e sujeira. Houve, inclusive, o relato de uma acompanhante que precisou retirar uma barata da sala com as próprias mãos para evitar que o inseto subisse na mesa de parto.
O Sindicato dos Médicos também tomou conhecimento de que a equipe da maternidade é composta apenas por uma técnica de enfermagem e uma enfermeira emprestada da enfermaria de clínica médica, que precisa dividir suas atividades entre a clínica e a maternidade, contando ainda com o eventual apoio de um médico da emergência, que se desloca à sala de parto quando solicitado.
As enfermarias também enfrentam precariedades e não dispõem de médico para evoluções. Essa função é desempenhada pelo médico plantonista da emergência, que tem apenas três horas para realizar visitas aos leitos, evolução e prescrições de 10 a 20 pacientes, comprometendo a qualidade da assistência prestada.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera a necessidade para que as providências sejam tomadas, assegurando um atendimento seguro e de qualidade à população.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará