No Dia do Médico, é crucial refletir sobre os desafios que esses profissionais enfrentam, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio entre a saúde física e mental. Em um cenário de pressões constantes e jornadas extenuantes, o impacto da profissão sobre o bem-estar emocional é profundo e, muitas vezes, negligenciado.
A saúde mental tem ganhado mais espaço nas discussões atuais, mas para os médicos, esse tema é uma questão central. A relação entre corpo e mente é evidente no cotidiano desses profissionais, que lidam com altas demandas emocionais e físicas. Com sobrecarga de trabalho, falta de estrutura, acúmulo de responsabilidades e insegurança nas unidades de saúde, é criado um ambiente de estresse. Médicos e todos os profissionais de saúde sofrem violência física, verbal e psicológica, que afeta não só a saúde, mas também a qualidade dos serviços prestados
Neste contexto, a luta sindical vai além de questões salariais. As entidades que representam os médicos têm o papel essencial de promover condições que favoreçam tanto a saúde física quanto mental. O autocuidado, um conceito amplamente disseminado na prática médica para os pacientes, precisa ser uma prioridade também para os profissionais. O equilíbrio emocional depende de condições justas de trabalho, infraestrutura adequada e jornadas que permitam o descanso necessário.
A falta de suporte e a negligência em relação às demandas dos médicos geram um ciclo de desgaste que afeta todo o sistema de saúde. Um médico exausto física e mentalmente não pode exercer seu papel plenamente. Portanto, é urgente que as discussões sobre a valorização da categoria incluam também a necessidade de um ambiente de trabalho saudável.
No Dia do Médico, é essencial reconhecer que cuidar de quem cuida deve ser uma prioridade. A luta sindical, nesse sentido, é uma ferramenta vital para garantir que os médicos possam exercer sua profissão com dignidade, em condições que preservem sua saúde e, consequentemente, assegurem um atendimento de qualidade para a população.