Nesta segunda-feira (7), o Sindicato dos Médicos do Ceará foi convidado pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza – Defesa da Saúde Pública, para uma visita institucional ao Gonzaguinha de Messejana. A entidade foi representada pelo vice-presidente, Dr. Edmar Fernandes.
A visita também contou com a presença de representantes do Conselho Regional de Medicina do Ceará (CREMEC), Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) e servidores. Na ocasião, as instituições presentes verificaram que o hospital não possui condições adequadas para reabertura, principalmente na emergência obstétrica.
Os representantes também não localizaram os equipamentos retirados do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) que seriam transferidos ao Gonzaguinha de Messejana.
“O Gonzaguinha de Messejana não tem condições de receber gestantes, principalmente se for uma gravidez complicada. Não tem fórceps, não tem material para anestesia, não tem biliberço. Ou seja, não há segurança para a grávida nem mesmo para a criança. Se os problemas não forem resolvidos, o hospital pode ser interditado”, explica Dr. Edmar Fernandes.
Reunião
Atendendo ao pedido do Sindicato dos Médicos, na quarta-feira (9), o MPCE promoverá uma reunião virtual, com a presença COREN/CE, SMS e direção do Hospital Nossa Senhora da Conceição, com o objetivo de discutir as questões apresentadas no relatório de visita.
Na ocasião, a SMS deve apresentar o inventário dos bens retirados do hospital, informar para onde foram destinados e se irão retornar após conclusão da reforma.
O vice-presidente do Sindicato dos Médicos acrescenta ainda que o HNSC continua sem os equipamentos e materiais, também funcionando inadequadamente, inclusive, recentemente, duas crianças nasceram em estado grave e foram transferidas para outra unidade de saúde.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e assegura que continuará acompanhando a situação, bem como tomando as providências cabíveis para garantir o funcionamento adequado de ambas as unidades de saúde.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará