Sindicato dos Médicos solicita reunião para tratar da regulação dos pacientes atendidos pela rede Sesa e municípios
Profissionais apontam para a existência de gargalos significativos no fluxo de regulação, afetando diretamente a qualidade do atendimento

O Sindicato dos Médicos do Ceará oficiou a secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara, na última segunda-feira (2), solicitando uma reunião para tratar sobre a regulação dos pacientes atendidos pela rede pública de saúde do Estado do Ceará, especialmente no município de Fortaleza. O requerimento foi motivado por diversas manifestações de médicos vinculados à rede Sesa/CE e Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, que apontam para a existência de gargalos significativos no fluxo de regulação, afetando diretamente a qualidade do atendimento prestado à população.

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Entre as principais dificuldades, os profissionais relatam: a demora na transferência de pacientes críticos para unidades de maior complexidade; a falta de vagas em hospitais de referência; a ineficiência na comunicação entre as unidades reguladoras e os serviços de saúde; e desafios na gestão dos leitos hospitalares.

O Sindicato dos Médicos ressalta que a ausência de interligação entre as redes de regulação da Sesa e municípios contribui para situações em que pacientes não são direcionados corretamente, aumentando o risco de agravamento de seus quadros clínicos.

“A regulação adequada e eficiente é essencial para garantir que os pacientes recebam o tratamento necessário de forma oportuna e conforme os princípios de universalidade e integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma Dr. Max Ventura, presidente do Sindicato dos Médicos.

Unificação das redes

A entidade reitera a necessidade urgente de unificação das redes de regulação como forma de evitar essas ineficiências, e cita como exemplo os problemas de hospitais secundários, como os Frotinhas, que precisam cuidar de pacientes que deveriam estar na rede terciária. Além de aumentar as demandas desses hospitais, muitas vezes exigem serviços que não conseguem oferecer adequadamente.

O Sindicato dos Médicos também aponta o desafio diário nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), onde o processo de busca por vagas em hospitais adequados se transforma em uma longa espera, prejudicando ainda mais o atendimento ao paciente.

“É evidente a necessidade de realizar uma reconfiguração da atenção especializada (ambulatorial e hospitalar) e de sua rede de urgência e emergência, tendo em vista o desafio da integração entre esses níveis de atendimento”, completa Dr. Max Ventura.

Sugestões

Para melhorar o fluxo, a entidade sugere a criação de um dispositivo que funcione como “gatekeeper”, conduzindo o acesso equânime, transparente e seguro para a atenção especializada e hospitalar. Além disso, a estruturação do Complexo Regulador em Saúde do Estado do Ceará e suas Centrais de Regulação (CR), orientados para a execução de um processo regulatório de acesso aos serviços de internação hospitalar, ambulatorial (procedimentos e consultas especializadas), cirurgias eletivas, alta complexidade, transporte sanitário, urgências e transplantes de pacientes do Estado do Ceará e seus municípios.

O Sindicato dos Médicos ressalta que os exemplos vêm sendo adotados e obtendo êxito em alguns estados, como Paraná e São Paulo.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e se coloca à disposição para colaborar com a organização da reunião, bem como para contribuir com sugestões que possam ser discutidas e implementadas no âmbito da regulação estadual.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

 

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