Os médicos pediatras que trabalham no Hospital Municipal de Caucaia Dr. Abelardo Gadelha, por meio da Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH), estão com os salários atrasados há quatro meses. Nesta terça-feira (7), o Sindicato dos Médicos do Ceará oficiou a cooperativa e o secretário de Saúde do município, Zózimo Medeiros, cobrando a regularização e providências imediatas para assegurar a continuidade dos atendimentos.
No ofício, a entidade enfatiza que os meses de janeiro a abril ainda não foram devidamente remunerados, gerando uma séria instabilidade financeira para os profissionais.
O Sindicato ressalta que os constantes atrasos podem acarretar consequências graves, não apenas no bem-estar emocional e financeiro dos médicos, mas também na qualidade do atendimento oferecido à população. Além disso, a continuidade dos atrasos pode levar os médicos a buscarem outras oportunidades de trabalho, seja em outras regiões ou até mesmo fora do setor público de saúde, podendo resultar em uma escassez ainda maior de profissionais qualificados neste Hospital.
“A falta de pagamento regular dos honorários médicos pode levar à desmotivação dos profissionais de saúde, ao comprometimento da sua capacidade de concentração e ao aumento do estresse, o que pode impactar diretamente na qualidade do cuidado prestado aos pacientes”, explica Dr. Max Ventura, presidente do Sindicato dos Médicos.
Código de Ética Médica
De acordo com o Código de Ética Médica, é direito do médico recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais, como também suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que está à disposição para colaborar em busca de uma resolução definitiva.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
