Os médicos que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza dos bairros Vila Velha, Bom Jardim, Cristo Redentor, Jangurussu, Edson Queiroz e Itaperi, administradas pelas empresas Viva Rio e Instituto IDEAS, decidiram retomar a paralisação das atividades. A interrupção dos serviços foi deliberada após a realização de Assembleia Geral Extraordinária (AGE), neste sábado (13), com representantes do Sindicato dos Médicos do Ceará.
A paralisação terá início às 20 horas deste domingo (14), sendo mantidos apenas os atendimentos de pulseiras laranjas e vermelhas no eixo adulto, e pulseiras laranjas, vermelhas e avaliação de amarelas no eixo infantil.
Os profissionais já haviam deliberado paralisação anteriormente, em 18 de março, em decorrência das circunstâncias de trabalho impostas pelas empresas. No dia 21 de março, a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) indicou que seriam feitas melhorias e os médicos retomaram as atividades. No entanto, as reivindicações não foram atendidas, motivando nova paralisação.
Entre os pleitos não atendidos estão a questão da segurança, alimentação e contratos de trabalho. Até o momento, não foi disponibilizada uma segurança institucional e uniformizada. Os profissionais relataram a ocorrência de vários incidentes, inclusive, com necessidade de registro de Boletim de Ocorrência.
Quanto à alimentação, os médicos informaram que estão sendo fornecidas comidas inadequadas e de qualidade inferior, sem considerar o valor nutricional.
Em relação aos contratos de trabalho, que seriam priorizados o modelo PJ individual, os médicos relataram que as empresas continuam oferecendo modelo PJ serviço, com a justificativa de antecipação dos pagamentos.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reitera que esta já é a segunda vez que os médicos deliberam pela paralisação devido a SMS não apresentar respostas de mudanças efetivas para as condições de trabalho pelas quais os profissionais das UPAs estão enfrentando. A entidade segue à disposição para negociar com a gestão, bem como para prestar apoio necessário à categoria enquanto durar a paralisação.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará