Na última quarta-feira (29), o Sindicato dos Médicos do Ceará foi acionado com a informação de que a escala de obstetras do Hospital Nossa Senhora da Conceição estaria integralmente desfalcada. Na mesma data, a entidade encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) e à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) solicitando a reposição imediata dos obstetras ausentes.
O Sindicato tomou conhecimento de que a escala ficou desfalcada após o não comparecimento de três obstetras designados para o plantão. Embora a ausência dos profissionais tenha sido justificada, não houve substituição.
A entidade reforça que a Resolução do CFM nº 2056/2013 estabelece critérios para o funcionamento de serviços médicos e preconiza a presença permanente de plantão médico durante o período de funcionamento do serviço, especialmente em unidades que oferecem assistência em regime de internação, como é o caso da maternidade.
“O Hospital Nossa Senhora da Conceição desempenha um papel crucial na prestação de serviços de obstetrícia, com atendimento de emergência 24 horas, não podendo ficar sem o quadro completo de profissionais, pois além de sobrecarregar os demais, compromete a assistência aos pacientes. Portanto, nosso pedido é que a reposição ocorra imediatamente e que isso não aconteça novamente”, destaca Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
Segurança dos atendimentos
A entidade também destaca que a composição da equipe cirúrgica e o dimensionamento adequado da equipe de clínicos/emergencistas são cruciais para garantir a segurança e a eficácia dos atendimentos. Além disso, a assistência ao recém-nascido no momento do parto e o direito à saúde da mulher gestante são fundamentais, conforme estabelecido por normativas como a Resolução CFM nº 1.490/98 e a Portaria MS 569/2000.
O Sindicato dos Médicos do Ceará se coloca à disposição para colaborar na busca por soluções que assegurem a adequada prestação do serviço à população, bem como reitera o pedido para ser informado sobre os desdobramentos da situação.
Foto: SPDM
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará