Em ofício encaminhado ao ISGH e SMS, Sindicato relata condições de funcionamento inviáveis na UPA Itaperi e solicita contratação de um médico
Profissionais relatam que equipe com apenas dois clínicos para atendimento adulto é insuficiente

Por meio de ofício encaminhado ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) e à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), no dia 19 de junho, o Sindicato dos Médicos do Ceará solicitou a possibilidade de contratação de mais um clínico para a UPA Itaperi. Segundo informações recebidas pela entidade, as condições de funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento estão inviáveis.

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Os profissionais relataram que a equipe da UPA, composta por um chefe de equipe, dois pediatras e dois clínicos adultos, sendo um no atendimento e outro para acompanhar os pacientes internados, é insuficiente diante do alto fluxo de pacientes atendidos diariamente. De acordo com os médicos, outras UPAs com o volume de atendimento igual ou menor possuem três clínicos.

Ainda segundo os relatos, recentemente, em um plantão com apenas dois clínicos para atender 60 pacientes, maioria classificados com pulseiras amarelas e laranjas, e 10 internados, houve revolta e ameaças contra os profissionais por conta da demora.

“Um médico nos relatou que durante toda sua carreira nunca tinha sentido tanto medo. Ele foi coagido a atender sob ameaças contra sua integridade física, chegando a ligar para polícia. Até o momento não sabe se a viatura compareceu a unidade para garantir a proteção da equipe profissional de saúde, pois não foi visto”, destaca Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.

Os profissionais narraram, também, que devido à alta demanda de pacientes internados, a equipe fica cada vez mais sobrecarregada. Ao comunicarem a situação ao coordenador, teriam sido informados que a restrição de dois médicos para o atendimento adulto obedecia a ordens superiores.

“Além de tudo que foi narrado, a equipe da UPA Itaperi também denunciou a restrição de tempo, inclusive quando precisam atender suas próprias necessidades fisiológicas ou se alimentar, finalizando o plantão em estado de exaustão física e mental”, complementa Dr. Leonardo Alcântara.

No ofício, o Sindicato dos Médicos reitera o pedido para que seja respeitado o quantitativo da equipe, bem como seja informada a produtividade geral da UPA.

Como forma de contribuir na resolução da situação, a entidade sugere o aumento do quadro de profissionais e adequação das escalas dos plantonistas à demanda, ainda que momentânea, possibilitando a melhora da assistência para os profissionais, mas principalmente para a população.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e informa que tomará todas as medidas cabíveis até que as providências necessárias sejam tomadas.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Fortaleza

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

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