O Sindicato dos Médicos do Ceará recebeu, na última semana, um ofício encaminhado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), prestando os esclarecimentos solicitados acerca do desfalque na equipe médica e superlotação na UPA Autran Nunes, em Fortaleza. Segundo informaram, a escala não foi reduzida.
Ao solicitar os esclarecimentos, o Sindicato dos Médicos destacou que, no dia 02 de abril, a UPA estava com mais de 38 pacientes internados e mais de 70% deles estavam na unidade há mais de 24 horas. Conforme a resposta, normalmente, a unidade conta com uma equipe diária de seis médicos, sendo um chefe de equipe, dois para atendimento infantil e três para atendimento adulto, e que na referida data, porém, apenas cinco médicos estavam escalados em cada turno por conta de desligamentos, em que as escalas foram ofertadas, mas não houve sucesso no preenchimento.
Também foi comunicado que, durante os meses de março e abril, foi adicionado um segundo chefe de equipe devido o acúmulo de pacientes aguardando transferência para leito hospitalar, assim como contrataram mais um enfermeiro e um pediatra.
O ISGH e a Sesa justificaram que muitos dos desfalques nas escalas são devidos a atestados médicos comunicados no início do plantão, sem tempo hábil para substituição. Também ressaltaram que, nestes casos, são oferecidas horas extras para os próprios profissionais CLT ou são acionados os médicos de cooperativas ou de contratos temporários.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que seguirá vigilante para que situações como estas não ocorram novamente.
Foto: Thiago Gadelha/DN
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará