Na última terça-feira (04), o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício à Hapvida denunciando diversas situações graves no Hospital Luís França – emergência pediátrica, no Centro, em Fortaleza. Entre elas, superlotação, número reduzido de médicos e pouca segurança para os profissionais.
Com uma proporção de um médico para 12 pacientes e o número atual de profissionais da enfermagem insuficiente para administrar as medicações e prover os cuidados necessários aos pacientes, conforme prescrito pelos médicos, a assistência aos pacientes tem sido prejudicada seriamente.
Além disso, a sala de cuidados encontra-se com alguns insumos e aparelhos com funcionamento inadequado, como os monitores que fazem a leitura dos dados da oximetria e os aparelhos de ambus. Após a ampliação, de três para 10 leitos, a sala não recebeu o dimensionamento adequado da equipe disciplinar, prejudicando a assistência.
A entidade denuncia, ainda, que devido ao período epidemiológico atual, a unidade está com excesso de acompanhantes de pacientes, o que tem atrapalhado os atendimentos, além de tornar o ambiente mais aglomerado, resultando em maior transmissão de doenças. O cenário exige, também, aumento de profissionais de segurança privada, com o objetivo de evitar conflitos por conta da demora dos atendimentos.
“Recebemos com muita preocupação tudo que vem ocorrendo neste hospital pediátrico, e ressaltamos que todos esses fatos já foram sinalizados à direção da referida unidade hospitalar a algumas semanas, contudo, até o momento, nenhuma providência foi tomada”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
Sugestões
Em busca de sanar a situação, o Sindicato dos Médicos sugere que o Hapvida tome algumas providências, entre elas: escala de seis médicos por dia; ampliação das vagas de UTI pediátrica pra 25 leitos clínicos durante a sazonalidade; ampliação dos leitos de enfermaria em 50 leitos adicionais; aumento da equipe disciplinar; e ampliação do esquema de segurança para os profissionais, com catracas separando setores, bem como segurança 24 horas.
A entidade também sugere:
– Melhoria dos equipamentos de monitorização e assistência: disponibilidade de pelo menos 15 monitores que disponham de PA/Sat/Monitorização Cardíaca e tenham equipamentos para aferição dos sinais vitais de todas as faixas etárias;
– Disponibilidade de Terapia de Alto Fluxo com materiais para todas as faixas etárias;
– Material de via aérea difícil para todas as faixas etárias;
– Ajuste em 25% no valor da hora de plantão durante a sazonalidade;
-Cirurgião pediátrico em plantão presencial 24h.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que tomará todas as medidas cabíveis até que a situação seja regularizada, incluindo o acionamento do CREMEC, Ministério Público e demais órgãos de controle.
Foto: Reprodução/Ceará é Notícia
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará