O Sindicato dos Médicos do Ceará recebeu ofício da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS), no dia 17 de outubro, em resposta à insegurança no Posto de Saúde Paulo Marcelo Martins Rodrigues, no Centro. A entidade acionou o órgão em 29 de abril, um dia após um caso de violência contra os profissionais, onde uma professora de enfermagem teria sido feita refém e a unidade fechada.
Segundo a SMS, desde 2018, foi celebrado um acordo de cooperação celebrado entre o Município de Fortaleza e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que, por meio da implementação da Metodologia de Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais (AMS), busca promover ações e medidas concretas de prevenção, redução, mitigação e tratamento de riscos.
Ainda de acordo com a SMS, o acordo prevê a realização dos serviços em territórios de vulnerabilidade dentro do menor nível de risco, protegendo os profissionais e os beneficiários dos serviços públicos essenciais, permitindo maior eficiência e eficácia das equipes na oferta dos serviços. As medidas são implementadas em todas as Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Unidades de Acolhimento (UAs), totalizando 135 unidades.
Caso
O caso em questão ocorreu no dia 28 de abril deste ano. Segundo relatos, um rapaz teria se envolvido em um roubo no Centro e entrado no posto de saúde Paulo Marcelo, fazendo uma professora de enfermagem e uma aluna de “escudo”, enquanto um chefe de facção e outras 15 pessoas tentavam assassiná-lo. Houve disparos de tiros, pacientes e funcionários teriam ficado presos nos consultórios e, em seguida, o chefe da facção teria mandado fechar o posto de saúde.
No dia seguinte, o Sindicato dos Médicos oficiou a SMS solicitando o urgente reforço fixo na segurança e ressaltou impossibilidade de trabalho nessas condições.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reitera seu compromisso com a categoria e destaca que está realizando uma pesquisa sobre a onda de violência sofrida pelos profissionais em todo o Estado. Com base nos dados da pesquisa, a entidade irá cobrar ações de segurança mais robustas às autoridades competentes.
Acesse o link e participe da pesquisa. Clique aqui.
Foto: Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
