Na última terça-feira (23), o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício ao Hospital e Maternidade Madalena Nunes (Hospital São Camilo de Tianguá) solicitando a regularização da insuficiência de quantidade de médicos nas escalas das emergências. O hospital conta, atualmente, com apenas um médico na emergência adulto e um na emergência pediátrica, que ainda precisa prescrever sem receber remuneração adicional.
Conforme a entidade, sem a quantidade necessária de médicos por escala, o atendimento à população está sendo prejudicado, pois não há tempo hábil nem mesmo condições de dar a devida atenção a todos os pacientes. Além de a situação colocar o paciente em risco, os profissionais também podem ser cobrados, acusados e responsabilizados judicialmente e eticamente no Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) em casos de complicação.
A entidade ressalta que, sendo um hospital com pacientes de alta complexidade, o ideal seria dois médicos na emergência adulta, um na pediátrica e um para prescrição ou um que faça a prescrição de forma remunerada.
“É necessário que a direção do hospital faça uma real análise do dimensionamento de profissionais necessários por setor, além de fiscalização sobre setores desassistidos, pois conforme relatamos, a situação atual está sobrecarregando a todos”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
Responsabilização
Ainda no ofício, o Sindicato dos Médicos ressalta que pode ser necessário que o próprio Conselho Regional de Medicina tenha que ir in loco realizar o estudo do dimensionamento de profissionais da saúde necessários por setor/escala, caso a direção do hospital não o faça.
A entidade também salienta que, não resolvendo a situação, em uma eventualidade de uma suposta acusação de erro médico, pode o hospital e seus gestores serem também responsabilizados judicialmente por não terem fornecido o suporte necessário no momento devido.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reitera seu compromisso com a categoria e afirma que tomará todas as providências cabíveis para garantir condições dignas de trabalho aos profissionais.
Foto: Reprodução/Site HSCT
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará