Sindicato dos Médicos participa de novo ato em protesto ao fechamento do Gonzaguinha de Messejana
Profissionais e entidades sindicais destacaram algumas das recentes intervenções que ocorreram na unidade

O Sindicato dos Médicos do Ceará participou, na manhã desta terça-feira (14), de um novo ato em protesto à demolição do hospital Gonzaguinha de Messejana. Além dos médicos, a mobilização contou com a presença das entidades sindicais das demais categorias da saúde, o apoio dos moradores da grande Messejana e de vereadores e deputados estaduais.

Os servidores da saúde reiteraram posicionamento contra iniciativa da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) de fechar a unidade completamente para uma grande reforma a partir de 1º de julho. As categorias ressaltaram que não houve diálogo prévio com a gestão municipal, e que, até o momento, não foi repassado um cronograma com previsão para início e conclusão das obras, nem mesmo a definição para quais unidades de saúde serão remanejadas as equipes e os atendimentos, bem como não foi apresentado o projeto arquitetônico da obra.

O Sindicato dos Médicos do Ceará, representado pela gerente jurídica, Dra. Thaís Timbó, reforçou solidariedade aos profissionais e comunidade de Messejana, e reiterou contrariedade ao fechamento de mais uma unidade hospitalar. “Já tivemos o fechamento do Frotinha e vimos o quanto foi difícil, para os profissionais, se realocarem nos locais de trabalho. Então, não é possível que a prefeitura de Fortaleza cause mais esse prejuízo aos profissionais e à população de Messejana”, disse.

A médica Dra. Elaine Feitosa destacou a relevância do Gonzaguinha de Messejana para os moradores de Fortaleza e os impactos que a reforma causará. De acordo com ela, até maio deste ano, o Gonzaguinha já realizou: 1.492 partos – em média de 300 por mês; 242 curetagens uterinas – em média de 48 por mês; 7.651 atendimentos em consultas emergenciais – em média de 51 por dia; e 5.111 consultas ambulatoriais – em média de 50 por dia.

“No momento que a obstetrícia vive uma superlotação de maternidades, o que nós precisamos é ampliar os equipamentos para a demanda existente com finalidade de reduzir essa peregrinação e reduzir a mortalidade materna, fetal e neonatal”, ressaltou Dra. Elaine Feitosa.

Apoio

A mobilização desta terça-feira contou com o apoio dos vereadores Larissa Gaspar, Ronivaldo Maia e Guilherme Sampaio, além dos deputados estaduais Heitor Férrer e Renato Roseno e do representante da Ouvidoria Geral da Defensoria Pública, Alysson Frota.

Em seu discurso, o deputado estadual Renato Roseno demonstrou apoiou ao movimento e ressaltou que ninguém é contra reformar para melhorar, mas criticou o sucateamento e a terceirização exagerada da saúde, inclusive o agigantamento das organizações sociais (OS). “Precisa melhorar a saúde, que faça mais concurso público, que tenha mais orçamento e melhoria dos equipamentos”, afirmou o parlamentar.

O vereador Guilherme Sampaio ressaltou a importância do equipamento para o atendimento às mulheres e criticou a opção da prefeitura em remanejar os atendimentos e equipes para o Gonzaguinha do José Walter, que será inaugurado em julho. “Querem colocar os cidadãos que aqui são atendidos para o Gonzaguinha do José Walter, distante há 12 quilômetros de onde estamos nesse momento. Não se pode admitir que uma decisão como essa seja tomada sem discutir com a comunidade”, disse.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que já oficiou o Ministério Público do Estado do Ceará e o Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) em busca de apoio nesta causa.

Galeria de fotos

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

 

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