Sem negociação com prefeito Sarto, servidores municipais da atenção primária à saúde deliberam indicativo de greve
Uma assembleia geral foi marcada para o dia 22 de junho para aprovação de greve

Os servidores municipais de Fortaleza da atenção primária à saúde paralisaram suas atividades nesta terça-feira (14) para cobrar do prefeito José Sarto um posicionamento em relação à jornada de 32 horas. Os profissionais da saúde de diversas categorias estiveram reunidos em frente ao Paço Municipal, no Centro.

No último ato realizado no dia 31 de maio, a secretária da SMS, Ana Estela, e demais secretários da mesa de negociação da gestão municipal, deram um prazo de 10 dias para marcar uma agenda entre o prefeito e as entidades sindicais. O prazo foi encerrado e não houve sinalização por parte da gestão em receber as entidades para debater o assunto.

Novamente, o prefeito não estava presente no gabinete e a comissão formada pelas entidades sindicais não foi recebida por nenhum representante na sede da prefeitura.

Diante o retrocesso por parte da gestão municipal, os servidores deliberaram pelo indicativo de greve. Na próxima quarta-feira (22), uma nova mobilização será realizada, também no Paço Municipal, para aprovação da greve em assembleia unificada.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Dr. Leonardo Alcântara, ressaltou que, embora o prefeito Sarto esteja fugindo da resolução desse impasse, o movimento não será desmobilizado. “A gente precisa de cada um de vocês, em seus ambientes de trabalho, conversando com os colegas, porque o avanço que a gente fez de trazer esse problema, da Secretaria Municipal da Saúde para Paço Municipal, só foi possível porque vocês paralisaram e vieram para a rua. Se vocês não tivessem paralisado e vindo para a rua, a retomada das 40 horas estaria sendo realizada, e houve esse pequeno recuo porque vocês paralisaram”, afirmou Dr. Leonardo Alcântara.

Estratégias                                                                                 

Ainda durante o ato, o presidente do Sindicato dos Médicos citou duas estratégias para intensificar a mobilização até que a jornada de 32 horas seja assegurada. A primeira estratégia é incomodar a agenda do prefeito Sarto, mostrando que ele precisa se posicionar, e a segunda é deixar de receber estudantes, residentes, internos e estagiários nos postos de saúde, considerando que os profissionais não são remunerados para realizar o acompanhamento.

Mais uma vez presente no ato, o vereador de Fortaleza, Danilo Lopes, destacou o momento de união entre as categorias. “O que a gente está enxergando aqui é o momento de união das categorias que prestam serviço à população diariamente nas unidades de atenção primária à saúde, que estão tendo seus direitos salariais reduzidos, desde o início do ano, pela retirada das 8 horas da educação permanente. Ninguém quer mais educação permanente, a luta é pelas 32 horas”, afirmou.

Ainda na mobilização, os servidores reforçaram o que foi deliberado durante assembleia unificada, no último sábado (11), de que não abrirão mão do tratamento isonômico e que querem, inclusive, que seja assegurado por meio de documento.

O Sindicato dos Médicos do Ceará informa que ainda nesta terça-feira encaminhará a notificação à Prefeitura de Fortaleza informando sobre o indicativo de greve dos servidores médicos.

Serviços

Assembleia unificada para deliberação de greve

Data: 22 de junho

Local: Paço Municipal

Galeria de fotos:

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

 

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