Sindicato dos Médicos do Ceará encaminha ofício à Prefeitura de Maranguape por agravamento das condições laborais e estruturais na UPA do município

O diretor financeiro e de patrimônio do Sindicato dos Médicos do Ceará e diretor de comunicação da Federação Médica Brasileira (FMB), Dr. Edmar Fernandes, esteve no último domingo (09) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Alfredo Marques, no município de Maranguape, após médicos reclamarem que estão sobrecarregados devido ao aumento de atendimentos por síndromes gripais e Covid-19 nos últimos dias.

Conforme as reclamações, os atendimentos de emergência na UPA Maranguape triplicaram e só existem dois clínicos para atender cerca de 200 pacientes por turno. Além da sobrecarga aos profissionais, o atendimento não está sendo de qualidade, pois enquanto um médico fica responsável pelos pacientes graves, incluindo os que estão em ventilação mecânica, outro atende a população que chega, e não há chefe de equipe.

Dr. Edmar Fernandes ressaltou, ainda, que além dessas más condições de trabalho, a UPA Maranguape passa por severos problemas de infraestrutura, como goteiras e o chão correndo risco de ceder. O diretor destacou também que o município está em atraso com o salário dos médicos referente ao mês de dezembro de 2020, inclusive integra a lista do Devedômetro.

Após a visita de fiscalização que constatou todas as reclamações recebidas pelo Departamento Jurídico do Sindicato dos Médicos do Ceará, a entidade encaminhou ofício ao prefeito de Maranguape, Átila Câmara, e à Secretaria de Saúde do município, na última segunda-feira (10), expondo toda a situação e cobrando providências o mais rápido possível.

Fiscalização eficaz                                                       

Em resposta à publicação sobre a fiscalização na página do Sindicato em uma rede social, o prefeito do município, Átila Câmara, admitiu a existência dos problemas apontados e se comprometeu a resolver.

Com relação à falta de médicos, segundo o prefeito de Maranguape, a Secretaria de Saúde já autorizou a contratação, pela entidade responsável pelo atendimento, de um terceiro profissional. Quanto aos problemas de infraestrutura, Átila Câmara afirmou que essa demanda se arrasta há pelo menos três anos e que a reforma está prevista para iniciar ainda neste mês de janeiro.

Já sobre o atraso salarial, o prefeito disse que a gestão passada não deixou empenho o processo para seus pagamentos. Embora o débito tenha sido deixado pela gestão passada, o Sindicato esclarece que ônus de pagar continua sendo da Prefeitura e não do gestor.

Como entidade que protege e resguarda a categoria a qual representa, o Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com os profissionais médicos do Estado e reitera que seguirá desempenhando seu papel fiscalizador sempre em prol das melhores condições de trabalho.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

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