Sem definição sobre a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores estaduais da saúde, o Sindicato dos Médicos do Ceará participou, na manhã desta terça-feira (21), de mais um ato para cobrar do Governo do Ceará uma resposta efetiva. As entidades sindicais da área da saúde reuniram-se em frente ao Habib’s, na esquina das Avenidas da Abolição e Barão de Studart, e decidiram paralisar as atividades, por uma hora, nesta quinta-feira (23) na porta do Hospital César Cals, no Centro.
O ato deu início por volta de 9 horas, com concentração no Habib’s e de lá o grupo seguiu em caminhada até o Palácio da Abolição em tentativa de marcar audiência com o governador Camilo Santana. Apesar dos bloqueios de acesso, as entidades conseguiram conversar com o secretário de Relações Institucionais, Nelson Martins, que apenas confirmou que a minuta do PCCS está em análise na Casa Civil.
Até o momento, não há nenhuma perspectiva se o projeto será encaminhado ainda neste ano para votação na Assembleia Legislativa e se o mesmo sofreu alguma modificação ao sair da Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag) da forma como as entidades entregaram.
“O secretário de Relações Institucionais disse que a minuta do PCCS estava em análise e que não tinha como dizer se será encaminhada ainda esse ano e não assegurou nada, ou seja, não temos nada garantido”, disse Marta Brandão, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde no Estado do Ceará (Sindsaúde).
Paralisação
Ainda no ato, as entidades sindicais realizaram uma deliberação sobre paralisação das atividades nesta quinta-feira (21). Todas as categorias presentes votaram pelo sim e a paralisação ocorrerá, de 7 horas às 8 horas, na porta do Hospital César Cals, com exceção de cirurgias e atendimentos de emergência e urgência.
“É a pressão dos servidores, é a mobilização e a luta que vai fazer com que o governo finalize a análise dessa proposta e encaminhe para a Assembleia Legislativa”, destacou Marta Brandão.
O diretor financeiro e de patrimônio do Sindicato dos Médicos do Ceará e diretor de comunicação da Federação Médica Brasileira (FMB), Dr. Edmar Fernandes, esteve no local do ato e ressaltou a importância dos médicos aderirem ao movimento de paralisação e pressionarem o governo para aprovação do plano.
“É crucial que toda a categoria médica, que são servidores do Estado, participem deste momento para tentar chamar atenção do governador e deputados para que votem com urgência o PCCS, que é um direito da categoria. Nesta quinta-feira, em frente ao Hospital César Cals, estamos convocando todos os médicos servidores do Ceará que participem desse movimento para garantir esse direito”, disse Dr. Edmar Fernandes.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará
