Sindicato encaminha ofício à Fundação Leandro Bezerra e à Prefeitura de Sobral cobrando providências para os médicos da UPA Sobral

O Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício, nesta quarta-feira (04), à Fundação Leandro Bezerra e à Prefeitura de Sobral cobrando providências para a crítica situação dos médicos que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sobral. Os médicos estão recebendo um valor inferior pela hora de serviço, tiveram o adicional Covid cortado e a escala de plantonistas reduzida.

O Departamento Jurídico do Sindicato apurou que os médicos que atuam na UPA Sobral por meio da Cooperativa de Trabalho de Atendimento Pré-Hospitalar (Coaph) recebem um valor bem inferior por hora de serviço prestado. Alguns médicos denunciaram que chegaram a receber R$ 600 por plantão, ou seja, abaixo de um patamar razoável levando médicos a desistirem das escalas, o que logo gerou uma “corrida” da Fundação com oferta de novos valores relativamente altos.

A UPA Sobral contava com três médicos (manhã e tarde), sendo um coordenador e três médicos (só noite), sendo um coordenador. No entanto, a Fundação Leandro Bezerra retirou abruptamente o terceiro médico plantonista, com a escala de agosto já fechada, restando, portanto, apenas dois médicos para atender toda a demanda da referida UPA.

O Departamento Jurídico salienta que a UPA Sobral é a que recebe o maior volume de atendimentos em comparação com as demais UPA’s da Região Norte do Estado, o que causa uma maior sobrecarga aos médicos.

A situação se tornou ainda mais insustentável quando, sem justificativa, a Fundação retirou o adicional Covid dos profissionais. A Coaph informou ao Sindicato que, até o momento, a Fundação não se manifestou sobre a situação e teme que a população fique desassistida e os médicos ainda mais sobrecarregados.

Providências

Em ofício encaminhado à Fundação e à Prefeitura de Sobral, o Sindicato dos Médicos cobrou o restabelecimento da quantidade de profissionais por escala que havia sido minorada e da gratificação Covid, bem como o readequamento do valor relativo por plantão em percentual não inferior a 25%.

“Nossos médicos estão há mais de um ano trabalhando no combate à pandemia da Covid-19, e é injustificável que tenham seus benefícios retirados e recebam salários abaixo do mercado enquanto há sempre uma grande demanda de atendimentos”, destaca o presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Leonardo Alcântara.

O Sindicato reitera que está acompanhando a situação e tomando todas as providências cabíveis, e destaca que, justamente nesse momento de pandemia, a classe médica precisa ser mais valorizada.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

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