Após reivindicações, o Sindicato dos Médicos enviou, nesta quinta-feira (22), ofício à Secretaria da Saúde do Estado (SESA) e a Secretaria de Saúde do Município de Fortaleza (SMS) em apoio a priorização da vacina dos acadêmicos de medicina e o retorno gradual de suas atividades práticas.
De acordo com o documento enviado pelos estudantes, com o início da pandemia da COVID-19, a maioria das atividades presenciais foram paralisadas, restando apenas aulas de ensino remoto, por meio de plataformas on-line. Apesar de, em geral, suprirem a demanda de aulas teóricas, elas não são suficientes para a formação adequada do profissional da saúde, pois a graduação médica é essencialmente prática. Desse modo, os estudantes estão sem o devido e importante contato com pacientes, o que prejudica o aprendizado de técnicas de exame físico, percepção de sinais clínicos básicos e construção de uma história clínica satisfatória. Adiar a vacinação desse grupo implica menos aulas práticas, menos atendimentos à população e menor capacitação para os médicos em formação. Ressaltam ainda que, segundo orientação técnica do Ministério da Saúde e, em conformidade com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, a vacina também deve ser ofertada para acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios.
Em concordância com a reivindicação, o Sindicato reforça que os acadêmicos de medicina se encontram em um vácuo normativo, pois inicialmente não foram contemplados com a prioridade na vacinação. “A priorização da vacinação dos estudantes de medicina permitirá que sejam consolidados os conteúdos vistos de forma teórica com os pacientes no ambulatório, requisito essencial para que possam seguir para o ciclo do internato e finalizar o curso”, destaca o Presidente do Sindicato, Dr. Leonardo Alcântara.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso de atuar intensamente para garantir a valorização e proteção da categoria e dos futuros médicos cearenses.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará