Salários dos médicos que atuam no Samu Fortaleza e Frotinha da Parangaba, por meio da COAPH, estão atrasados há três meses; Sindicato solicita regularização urgente
Entidade sugere à cooperativa adotar medidas judiciais e administrativas, caso a justificativa seja a ausência de repasse pelo município

Os médicos que atuam no Samu Fortaleza e no Frotinha da Parangaba, por meio da Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH),estão há três meses com os salários atrasados. Conforme informações recebidas pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, o último pagamento ocorreu em dezembro.

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Na última segunda-feira (03), a entidade encaminhou ofício ao Secretário de Saúde de Fortaleza, bem como ao presidente da COAPH, solicitando que a situação seja regularizada de forma definitiva e urgente.

No ofício à COAPH, o Sindicato dos Médicos sugere que, caso a justificativa para o atraso seja devido à ausência de repasse da Prefeitura de Fortaleza, a cooperativa deve adotar ações jurídicas e administrativas para obrigar o município a cumprir com suas obrigações financeiras em relação aos repasses, sob pena de adoção de medidas judiciais coercitivas.

“Neste momento, diante de recorrentes atrasos por conta da ausência de repasse do município, é essencial que a cooperativa adote medidas contundentes, para evitar que os prejuízos aos profissionais se prolonguem ainda mais, assim como garantir a efetividade dos serviços prestados à comunidade”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.

O Sindicato dos Médicos também ressalta que a falta de previsibilidade dos pagamentos, além de prejudicar a organização financeira dos profissionais, pode refletir no desinteresse da categoria em continuar no vínculo, bem como causar transtorno na saúde pública.

A entidade reitera que, conforme previsto no Código de Ética Médica, é direito do médico, recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas, ou possam prejudicar a própria saúde, ou a do paciente.  Assim como, poderá suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e ressalta que tomará todas as medidas cabíveis até que a situação seja regularizada.

Foto: Reprodução/PMF

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

 

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